Entrevistados ouvidos em pesquisa encomendada ao Datafolha disseram que já desistiram de fazer compras em estabelecimentos que não oferecem gratuitamente sacolas plásticas |
Um levantamento feito pelo Datafolha apontou que 69% dos paulistanos querem a volta da distribuição das sacolas plásticas nos supermercados. A retirada definitiva delas aconteceu em 4 de abril deste ano, após um acordo da Apas (Associação Paulista dos Supermercados) com os estabelecimentos.
Cerca de 70% dos consumidores se disseram contrários à cobrança das sacolas retornáveis e 88% contrários à cobrança de sacolas plásticas. Quatro em cada dez entrevistados (39%) já desistiram de fazer as compras por não conseguirem gratuitamente sacolas plásticas para transportar seus produtos. Para 23%, a desistência ocorreu no caixa, no momento de pagar as contas.Sobre praticidade, 69% da população declararam que fica mais difícil transportar as compras em sacolas retornáveis, e 53% apontam que as embalagens retornáveis são menos higiênicas que as sacolas plásticas comuns.
Para 75% dos entrevistados não houve alteração no valor dos produtos após a retirada das sacolas plásticas. Entre os que notaram alguma mudança, 23% afirmam que houve aumento, não redução.
O Datafolha também apurou que 62% dos entrevistados concordam que passaram a gastar mais com a compra de saco de lixo, depois da retirada das sacolas plásticas. Metade dos consumidores perceberam ainda aumento no preço dos sacos de lixo. Quase 80% das pessoas disseram que começaram a pegar em maior quantidade os sacos de hortifrúti.
A maioria dos entrevistados (64%) afirma que supermercados são os que mais ganharam com a medida.
Do total entrevistados, 43% disseram acreditar que o principal motivo para o fim das sacolinhas foi o interesse econômico dos donos dos supermercados e outros 35% acreditam que foi por imposição das autoridades. Apenas para 22% o acordo teve como objetivo a preocupação com o meio ambiente.A margem de erro máxima para o total da amostra é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. 78% do público estudado têm renda familiar até cinco salários mínimos (R$ 3.110,00), sendo 36% com renda familiar de até dois salários mínimos.
A pesquisa foi encomendada pela Plastivida e realizada durante os dias 2 e 3 deste mês. Foram feitas 612 entrevistas nas cinco regiões da cidade de São Paulo. A margem de erro máxima para o total da amostra é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. Quase 80% do público estudado têm renda familiar até cinco salários mínimos (R$ 3.110,00), sendo 36% com renda familiar de até dois salários mínimos.
Fonte: R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário