Ele, um estudioso da literatura, no melhor sentido da palavra, que sabe e como poucos com a sua idade, dar importância ao que está pesquisando, leva o estudo da literatura a ser uma ciência de fácil digestão, principalmente quando este estudo se debruça sobre a literatura parnaibana, certamente estará dentro de pouco tempo como um dos críticos literários mais respeitados do Piauí.
Este livro, que trata da produção de cinco poetas situados entre o fim do século XIX e o início do século XX, genuinamente parnaibanos, representa um avanço importante para as atuais e as futuras gerações, seja de escritores de um modo geral, seja de críticos literários. É, portanto um livro que deve ser reputado como indispensável para os tempos modernos.
Nas suas observações, Daniel Castelo Branco Ciarlini prioriza uma preocupação em esmiuçar o perfil humano, social e criativo de seus pesquisados, Ovídio Saraiva, Leonardo Castelo Branco, Luiz Amélia de Queiroz, Jonas da Silva e Berilo Neves, sem contar as considerações sobre a produção e os produtores da chamada geração Bembém com o Almanaque da Parnaíba.
Com seu trabalho A Face Oculta da Literatura Piauiense, Daniel Castelo Branco Ciarlini ousa o combate com aqueles que teimam em dar relevo às opiniões de fora do Piauí, muitas vezes sendo preconceituosos e desprovidos de elementos para o trabalho ao qual se propuseram. Críticos literários que na maioria das vezes se baseiam em marcas distantes da realidade física e temporal.
Muitos desses críticos esperam apenas alimentar uma falsa erudição, mas estão longe demais da base pesquisada e da vivência, a convivência com a realidade, que são aspectos fundamentais para a compreensão de uma arte como peça transformadora da cultura. A obra, A Face Oculta da Literatura Piauiense, tem esta particularidade, a de estar fincada numa vivência diária com a crescente indústria da nova literatura piauiense.
Por Antonio de Pádua Marques Silva, jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário