terça-feira, 18 de setembro de 2012

O IDIOTA E A MOEDA

 
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligĂȘncia, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda nĂŁo havia percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e nĂŁo vou mais ganhar minha moeda”.

Podem-se tirar vårias conclusÔes dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre Ă©.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da histĂłria?
A terceira: Se vocĂȘ for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusĂŁo mais interessante Ă©: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros nĂŁo tĂȘm uma boa opiniĂŁo a nosso respeito.

Portanto, o que importa nĂŁo Ă© o que pensam de nĂłs, mas sim, quem realmente somos.

O maior prazer de um homem inteligente Ă© bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.

Preocupe-se mais com sua consciĂȘncia do que com sua reputação.

Porque sua consciĂȘncia Ă© o que vocĂȘ Ă©, e sua reputação Ă© o que os outros pensam de vocĂȘ. E o que os outros pensam... Ă© problema deles.
 
(Arnaldo Jabor)

Nenhum comentĂĄrio:

Postar um comentĂĄrio