domingo, 11 de março de 2012

Cada macaco no seu galho!


Tá na Wikipédia: “Ditado popular ou provérbio é uma frase de caráter popular, com um texto mínimo de autor anónimo que é várias vezes repetido e se baseia no senso comum de um determinado meio cultural, como por exemplo: “O seguro morreu de velho”. Ditado é a expressão que se mantém imutável através dos anos, constituindo uma parte importante de cada cultura. Por isso adoro os “ditos populares”, congêneres e afins como “cada macaco no seu galho”, “Mateus, primeiro os teus” e por aí vai. Também gosto de palavras, expressões ou jargões usados em meios específicos, tipo “target (público-alvo)”, na publicidade. Em tempos de capitalismo selvagem segundo Karl Max, surgiram várias expressões e uma delas, amplamente utilizada em palestras motivacionais (em favor das empresas, claro) é “vestir a camisa...” independente da cor, tamanho e modelo. Justo (não a camisa, a expressão)! Nada mais natural um funcionário ou trabalhador desta ou aquela empresa, de onde advém o seu provável sustento, defender sua fonte de renda. Quase todo mundo age assim (menos os diretores de sindicato, às vezes). Por ideologia ou por medo de perder o emprego, não faz diferença. Importante mesmo é a tal “vestir a camisa”. Isso é antigo e não restrito aos ambientes empresariais ou auditórios com palestrantes com caras felizes. Vai além. Faz parte das relações humanas. É a mãe que bate no policial que tenta prender seu filho traficante, o traficante que fica calado durante o interrogatório ou quando simplesmente votamos em alguém. “Vestir a camisa”! Engraçado é que, quando somos nós que “vestimos” a tal camisa, nos chamam de puxa-saco ou “babadores de testículo”, expressão inventada e utilizada por quem não conhece muito bem a própria língua. Porém, quando se acusa alguém sem provas ou se espalha uma falsa notícia, o tal “acusador justiceiro” está a serviço de alguém ou de alguma coisa, ou seja, “vestindo a camisa”. Isso me lembra a “teoria dos lados” do Menino Maluquinho...todo mundo tem um lado e cada lado tem sua razão. Mas a teoria dos lados não justifica a má-fé de uns e outros que se utilizam da liberdade de expressão, prevista na Constituição, para disseminar mentiras e plantar boatos. É como diz outro adágio: quem fala o que quer, escuta o que não quer! Como disse em linhas acima, adoro os “ditos populares”. E guardei alguns para este final de texto: “quem sai na chuva é para se molhar” e o mais importante, “quem tem telhado de vidro não joga pedra no quintal do vizinho”. Se bem que alguns preferem outras expressões, tipo “um tapinha não dói” ou a música “Pai Véio 171”, de Bezerra da Silva. É...cada macaco no seu galho!

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