terça-feira, 10 de abril de 2012

Companhia de eletricidade do Piauí entre as empresas que dão prejuízo.


A Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou relatório em que mostra preocupação com a situação de pelo menos seis distribuidoras estaduais sob controle da Eletrobrás e que não cumprem as metas de qualidade definidas pelo órgão regulador. O anúncio foi feito pelo presidente Nelson Hubner esta semana e segundo ele, se fosse aplicada a penalidade prevista estas empresas teriam que sofrer intervenções.
A Cepisa no Piauí e a Amazonas Energia, no Amazonas, estão praticamente sendo mantidas pela Eletrobrás. Esta situação já é conhecida há muito tempo embora o governo ainda não tenha tomado nenhuma decisão para resolver o problema. Outras empresas como a Boa Vista Energia, a Companhia de Eletricidade de Alagoas, Companhia de Eletricidade de Rondônia e a Eletricidade do Acre mostraram eficiência gerencial e lucratividade.
Estas empresas, segundo o relatório da Aneel, estão em regiões de baixa densidade populacional e renda onde há um baixo retorno dos investimentos. No balanço de 2010 o prejuízo das seis distribuidoras alcançou R$ 1,4 bilhão contra R$ 322 milhões no ano anterior. No relatório do ano passado a Eletrobrás reconheceu que nenhuma delas conseguiu atender à qualidade dos serviços exigidos. Os débitos em atraso são superiores a R$ 1 bilhão em 2009 e 2010.
Nelson Hubner considera que o maior débito das empresas distribuidoras é de responsabilidade das prefeituras, empresas e órgãos públicos que respondem por mais de 40% do montante da dívida. O presidente disse que diante dessa situação acredita que não há condições de operacionalidade dessas empresas. A perda de energia elétrica com ligações clandestinas chega perto dos R$ 7 bilhões ao ano. No Piauí, 21% da energia elétrica produzida é desviada.
O Piauí, segundo o relatório da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia, ABRADEE, está na segunda colocação nacional ficando apenas atrás do Amazonas que registra 30%. Estes dados são de 2010. Em média no Brasil 13% da energia consumida não é faturada o que acaba obrigando a Eletrobrás a encarecer a tarifa para toda a população. Alagoas ficou na terceira posição com 19,4% e Rondônia com 19,1% da energia elétrica desviada.

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