sexta-feira, 16 de março de 2012

Um passo para frente e dois para trás.

Curupira,
personagem folclórico brasileiro





O termo Sui generis, do Latim, significa, literalmente, "de seu próprio gênero", ou seja, "único em seu gênero". Usa-se como adjetivo para indicar que algo é único, peculiar: uma atividade sui generis, uma proposta sui generis, um comportamento sui generis.
A expressão começou a ser usada para coisas especiais, singulares, a partir do século XVIII, principalmente em textos científicos, para qualificar substâncias, enfermidades e até mesmo rochas que não se enquadravam nos grupos conhecidos ou que pareciam ser os únicos representantes de sua classe ou gênero. Pouco a pouco, sui generis ultrapassou os limites da ciência classificatória e passou a ser usado para qualquer coisa invulgar, fora do comum.
Em certos contextos, esta expressão é usada eufemisticamente, disfarçando, por meio da pompa e circunstância do Latim, uma crítica a algo que nos pareceu francamente esquisito. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre). Utilizo com certa freqüência essa expressão quando me refiro à Parnaíba, minha cidade natal, em conversas com amigos e se ajusta com perfeição ao modo de pensar de alguns parnaibanos, basta observar que muitos adoram usar a frase “terra do já teve” quando também se referem à Princesa do Igaraçu. Soa bastante esquisito um cidadão se referir à sua própria cidade de forma tão pejorativa e em muitos casos, vangloriar-se disto, como se atração turística fosse, feito o Porto das Barcas ou a Lagoa do Portinho entre tantas outras. Aqui se cultiva o hábito de torcer contra e acender velas para não dar certo. Se alguém abre uma bodega, vem um e diz “não dou três meses para fechar!” e se não fechar nos três meses vaticinados, outro logo diz “tá roubando!”. Tem casos em que um cidadão qualquer abre uma farmácia onde não tinha nenhuma e após um mês, no máximo, vem um indivíduo e abre uma outra bem em frente. Aí não tem jeito...quebram as duas e sempre tem um sujeito para dizer “’num’ te falei que ia quebrar”, com um sorriso de satisfação estampado na cara. Assim tem sido por décadas e pelo jeito muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte até isso mudar. É quase genético, atávico esse modo esquisito de pensar de alguns parnaibanos e está presente nas camadas sociais menos afortunadas e nos mais abastados munícipes, contaminando também os representantes do povo, nossos valorosos edis. Enquanto um vereador tenta trazer benefícios para a população, os outros torcem o nariz, a exemplo do vereador Fernando Gomes que luta por um centro de oncologia para a região enquanto seus pares se fazem de cegos, mudos e surdos. Os casos são muitos. Vila olímpica, shopping centers, indústria, comércio...enfim! Aqui as coisas não podem dar certo para não contrariar os interesses dos defensores da “terra do já teve”. É fácil identificá-los, basta olhar seus pés. São como o Curupira e para eles, quanto pior, melhor, pois crescimento bom é como rabo de jumento...pra baixo!

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