Porque, entre aqueles que se rebelaram contra o domínio português, em 
1879, Tiradentes era o de classe mais baixa – e o único que havia feito 
propaganda aberta do movimento.
 Seu ofício de dentista (um trabalho braçal, malvisto na época) também 
pode ter pesado na decisão. Originalmente, porém, outros cinco também 
haviam sido condenados à morte pelo crime de lesa-majestade (traição à 
pessoa do rei). Mas foram perdoados pela rainha dona Maria I e expulsos 
para a África.
 Para Tiradentes, não houve jeito: foi enforcado há 220 anos, em 21 de 
abril de 1792. Sua cabeça foi cortada e levada para a cidade de Vila 
Rica. O corpo, esquartejado, foi espalhado pelos caminhos de Minas 
Gerais. “Era o exemplo que ficava para aqueles que pensassem em 
questionar o poder de Portugal”, diz o professor de história Marco 
Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos.
por Gabriela Portilho

Nenhum comentário:
Postar um comentário