Finalmente conseguiram tirar o FLAGRANTE do ar. Exibido de segunda a sexta, das seis às sete da manhã, na TV Delta de Parnaíba, canal 02, o programa apresentado pelo jornalista e blogueiro Carlson Pessoa foi suspenso nesta quarta-feira(21/03) por determinação da diretoria da Fundação Antares. Com quase dois anos no ar e líder absoluto de audiência em todas as faixas de horário, incluindo as duas TVs locais, o FLAGRANTE exibia diariamente matérias de interesse da população, em sua maioria denúncias contra o poder público municipal, denúncias estas feitas pela própria comunidade, diga-se de passagem. A postura adotada pelo programa ao se colocar a favor da população desagradou profundamente alguns setores ligados à administração municipal e a retaliação veio em forma de suspensão por tempo indeterminado, com o claro objetivo de calar, não o jornalista e sim os cidadãos dessa cidade que viram no programa a oportunidade de se fazerem ouvir, ante a situação de abandono jamais vista em Parnaíba. Ruas esburacadas, limpeza pública deficitária, vias esfaltadas pela metade entre tantas mazelas presenciadas e sentidas pela população. Intrigas politiqueiras, dirão alguns ao lerem este artigo. Uso da TV pública com fins eleitoreiros, dirão outros. Mas a verdade está acima de palavras. É vista todo dia por qualquer morador dessa cidade e repercutida negativamente pelos poucos turistas que ainda nos visitam. A campanha eleitoral está próxima e os “projetos políticos” maquiavelicamente arquitetados ao longo de quase oito anos estavam ameaçados pelo programa ora suspenso. Uma pedra no sapato daqueles que insistem em perpetuar um modelo administrativo falido, intolerante e perseguidor. Um dedo na ferida daqueles que querem se manter desesperadamente no poder, a qualquer custo, passando por cima de pau e pedra, de tudo e de todos que se oponham a este mal-fadado “projeto político” e neste contexto se faz necessário aparar as arestas, pintar o reboco, jogar a sujeira para baixo do tapete e depois ficar bem na foto ou na tela da TV, não a pública, a educativa e sim aquela contratada pela prefeitura, regiamente paga com nossos impostos e sem licitação. Pagando bem, que mal tem? O importante é que a idéia da dominação total, plantada e adubada, “floresça” e dê frutos, enfiados goela abaixo da população à força e a fórceps. Mas como está na Bíblia, árvore ruim não pode dar bons frutos.
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